Porque o copy trade em B3 está destinado ao fracasso

23 de junho de 2025 | 5 minutos

Aviso de responsabilidade: este artigo tem propósito exclusivamente educacional. Ele relata minha análise e experiência como investidor e não constitui recomendação de investimento. Operações em mercados de renda variável podem resultar em perda total do capital. Se necessário, procure orientação profissional.

Introdução

Quando se fala em copy trade, muita gente coloca tudo no mesmo saco — B3, Forex, cripto, índices globais — mas os bastidores de cada mercado são bem diferentes. No Brasil, o copy trade em ações, minicontratos ou opções da B3 vem colecionando histórias de frustração e prejuízo. A seguir, mostro quatro grandes barreiras que ainda condenam o modelo por aqui e explico por que migrar para mercados mais líquidos costuma ser a saída. Tudo baseado em fatos que você mesmo pode verificar na sua plataforma.


1. Liquidez insuficiente

Para que centenas de pessoas copiem a mesma ordem ao mesmo tempo, é preciso haver ofertas suficientes no book — compradores e vendedores dispostos a negociar no mesmo preço. Na B3, esse colchão de liquidez costuma ser estreito. Resultado? O simples disparo de um robô popular “varre” vários níveis do book: quem deveria comprar a 5,00 acaba pagando 5,05 ou 5,10; o ganho encolhe, a perda aumenta. O próprio Portis Trader, que analisei em vídeo, mostra como pequenas filas de ordens se esgotam em segundos quando o copy entra em ação.


2. Falta de escalabilidade

Mesmo quem consegue um setup rentável esbarra num teto baixo de capacidade. Muitos traders estabelecem lotação máxima — por exemplo, “200 clientes operando até 20 contratos” — para não destruir o próprio sinal. Mas limitar vagas significa abrir mão de crescer; o negócio vira um produto high‑ticket proibitivo para a maioria dos investidores. E se o trader resolve aceitar mais gente, volta ao problema do item 1: slippage inviabiliza o resultado. Há casos extremos, como o zerar automático da LPK Trader, que empurrou o mini‑dólar mais de 80 pontos num único candle.


3. Estrutura de custos desfavorável

Fora do Brasil, copiar um trader costuma ser gratuito: o provedor recebe taxa de performance sobre o lucro. Na B3, como as plataformas ainda não oferecem esse split, resta ao profissional cobrar mensalidade fixa (R$ 150, R$ 200 ou mais). Se o mês fecha negativo, você perde dinheiro e continua devendo a mensalidade, além do DARF quando houver lucro. Na prática, a assimetria torna o risco‑retorno pouco atraente para o seguidor.

Quer ver como eu gerencio esse risco na prática?
Na Academia do Hendi de Copy Trade eu publico relatórios semanais, mostro a curva de capital dos robôs que acompanho e detalho como escolho mercados com custos mais justos. A comunidade comenta em tempo real, o que ajuda a evitar armadilhas comuns.


4. Ausência de histórico auditado

Boa parte dos “cops” nacionais não apresenta track record público em plataformas como MyFXBook ou MQL5. O marketing gira em torno de prints de boletas, promessas de “renda passiva” e pouco ou nenhum dado de seis meses ou um ano de operação contínua. Sem métrica confiável, o investidor vira refém de histórias e não de números.


Existe solução?

Sim, mas exigiria mudanças estruturais: market makers reforçando liquidez, corretoras adotando modelo de performance fee, conexões DMA realmente rápidas e traders dispostos a manter transparência de dados. Enquanto isso não acontece, mudar de mercado é, na prática, o caminho mais rápido para quem quer escalar capital sem esbarrar nessas barreiras.


Por que eu migrei para o Forex

Nos pares de moedas, a profundidade de book é global; um sinal copiável para 3 000 contas mal risca a superfície de liquidez. Além disso, a maioria das corretoras já faz o split automático de performance fee, o que alinha interesses: se o trader não lucra, ele também não ganha. Foi nesse cenário que encontrei o robô algorítmico que acompanho há cinco anos — o mesmo que apresentei no artigo anterior — e passei a construir renda em dólar com drawdown controlado.


Onde aprender o passo a passo completo

Se a ideia de operar em um ambiente mais líquido faz sentido para você, recomendo conhecer a Academia do Hendi de Copy Trade. Lá você terá acesso:

  • a aulas sobre análise de métricas (drawdown, sharpe, consistência);
  • ao meu portfólio de copy traders testados ao vivo, incluindo configurações de risco;
  • a uma comunidade que compartilha resultados e tira dúvidas todo dia.

👉 https://links.ocaradocopytrade.com/academia-hendial


Conclusão

Enquanto a B3 não resolve as questões de liquidez, escalabilidade, custos e transparência, o copy trade nacional continuará preso a pequenos grupos e resultados erráticos. Migrar para mercados com infraestrutura adequada — ou, no mínimo, exigir provas concretas antes de colocar dinheiro em jogo — é o primeiro passo para investir como um profissional, não como um apostador.

Reforço do aviso: nada aqui deve ser interpretado como indicação de compra ou venda. Invista apenas valores que você pode perder e assuma total responsabilidade por suas escolhas.